sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eleições 2010

Já sabe pra quem vai votar para presidente?
Se não sabe, dê uma olhada no link abaixo, da revista VEJA.

O site lança assuntos diversos, como MST, legalização das drogas, casamento gay, taxa de juros, entre outros. Em seguida, você opta por um, entre três pontos de vista sobre cada assunto abordado.
Ao fazer uma opção, o site lhe indica qual candidato tem um discurso similar a este que você se identificou. Ao final de todas as questões, você recebe o veredicto sobre o candidato que tem as idéias mais parecidas com as suas. Dá pra se divertir.
Mas atenção: a ferramenta tem duas limitações:
a) somente Serra, Dilma e Marina estão listados. Se você quer votar no Plínio, no Fidelix ou no Eymael, nem perca seu tempo;
b) não há garantias de que o candidato eleito realmente fará tudo que esta dizendo. Isso é para não dizer que eu não avisei.

Aí vai o link:

Indicadores econômicos

Encontrei no site da revista VEJA uma ferramenta bem interessante para visualizar indicadores da economia brasileira. A ferramenta explica brevemente o significado de cada indicador, além de permitir o cruzamento de alguns indicadores para comparação entre eles. O link é o seguinte:


Divirtam-se!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O vendedor de sorvete ea GM

Recebi por e-mail uma história interessante (novamente, não sei se é verdade, como grande parte dos e-mails que recebemos "por atacado"). A história ensina uma lição básica da gestão: foco no cliente. Muitas pessoas acham que a área de marketing da empresa tem como função criar peças publicitárias ou propagandas somente. Sinto desapontar os que achavam isso, mas esse aspecto é apenas a ponta do iceberg da função marketing. O marketing tem como principal função identificar as necessidades e desejos do consumidor, visando encontrar a melhor forma de atendê-los. No caso da GM, em específico, o texto abaixo (aquele que recebi por e-mail) é muito oportuno, já que a GM é um exemplo claro da miopia em marketing. Enquanto os concorrentes "menores" e "menos importantes" (japoneses, chineses, indianos) há muito tempo já estão de olho nas mudanças do mercado, a gigante GM (juntamente com Ford s Chrysler - as "big three") parecem ter parado no tempo. As montadoras asiáticas já tem o seu foco nos consumidores de menor renda e nos carros compactos, na sustentabilidade ambiental e na diversidade cultural entre os consumidores do mundo. Já as big three continuam achando que a oferta cria a demanda (como no século XIX), que a linha de produção fordista é a "última novidade" e que os consumidores não ligam se seu carro fizer 2km por litro de combustível fóssil. Miopias à parte, aí vai texto.   

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Pra chinês ver

Recebi o texto abaixo em meu e-mail. Diz que a autoria é de Luciano Pires (Diretor de marketing da Dana e profissional de comunicação). Se é verdade, não sei. Mas o texto é interessante. 

Na verdade, são várias interpretações possíveis: pode-se enxergar o texto como uma previsão econômica séria, signifativa e impactante, que exige medidas estratégicas no presente por parte de empresas e pessoas de todo o mundo  (aliás, é essa visão que o autor quer passar). Pode-se ainda enxergar o texto como um  simples exercício de futurologia ou ainda como um exemplo da teoria da conspiração. Faça sua escolha. Aí vai:

"COMO FICARÁ A CHINA DO FUTURO???
Alguns conhecidos voltaram da China impressionados. Um determinado produto que o Brasil fabrica em um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões...
A qualidade já é equivalente. E a velocidade de reação é impressionante. Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas... Com preços que são uma fração dos praticados aqui.
Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da região onde está instalada estão altos demais: 100 dólares. Um operário brasileiro equivalente, ganha 300 dólares no mínimo que acrescidos de impostos e benefícios representam quase 600 dólares. 

Quando comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios.... estamos perante uma escravatura amarela e alimentando-a.
Horas extraordinárias? Na China? Esqueça!!! O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras sabendo que nada vai receber por isso...
Essa é a grande armadilha chinesa. Não se trata de uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia de
poder. Os chineses estão tirando proveito da atitude dos marqueteiros ocidentais, que preferem terceirizar a produção e ficando apenas com o que ela "agrega de valor": A marca. Dificilmente você adquire nas grandes redes comerciais dos Estados Unidos da América um produto "made in Estados Unidos".
É tudo "made in China", com rótulo estadunidense. As Empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo por centenas de dólares... Apenas lhes interessa o lucro imediato e a qualquer preço. Mesmo ao custo do fechamento das suas fábricas. É o que se chama de "estratégia preçonhenta".
Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila essas táticas para dominar no longo prazo. Enquanto as grandes potências mercadológicas que ficam com as marcas, com
os designes... Os chineses estão ficando com a produção, assistindo e contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais ocidentais.
Em breve, por exemplo, já não haverá mais fábricas de tênis ou de calçado pelo mundo ocidental.
Só as haverá na China.
Então, num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus preços, produzindo um "choque da manufatura", como aconteceu com o choque petrolífero nos anos setenta. Então já será tarde de mais. E o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá render-se.
Perceberá que alimentou um enorme dragão e que dele ficou refém. Dragão que aumentará ainda mais os preços, já que será ele quem ditará as novas leis de mercado pois quem manda é ele.
É ele e apenas ele quem possui as fábricas, inventários e empregos. É ele quem vai regular os mercados e não os "preçonhentos". Iremos, nós e os nossos filhos, assistir a uma inversão das regras do jogo
que terão impacto de uma bomba atômica... chinesa. Nessa altura é que o mundo ocidental irá acordar mas já será tarde. Nesse dia, os executivos "preçonhentos" olharão tristemente para os esqueletos das suas antigas fábricas, para os técnicos aposentados jogando bocha na esquina, para as sucatas dos seus parques fabris desmontados, etc. E então lembrarão, com muitas saudades, o tempo em que ganharam dinheiro
comprando baratinho dos "escravos" chineses, vendendo caro aos seus conterrâneos.
E então, entristecidos, abrirão suas "marmitas" e almoçarão as suas marcas que já deixaram de ser moda e, por isso, poderosas".

sexta-feira, 26 de março de 2010

A economia no cotidiano

Há alguns anos (não muitos), a economia era vista como uma ciência "pesada",  "sisuda" e "muito teórica", só para citar alguns adjetivos. Não que essa visão tenha se dissipado, mas algumas publicações nos últimos anos tem ajudado a mudar essa percepção. Talvez o exemplo mais emblemático tenha sido o livro "freakonomics", de Steven Levitt em parceria com Stephen Dubner, publicado no Brasil em 2007 pela Editora Campus. Em outros momentos, comentarei mais sobre essa obra.

Onde quero chegar? Não precisa mais ser economista e falar economês para se inteirar um pouco do assunto. A linguagem rebuscada e os termos "liquidez dos ativos", "PIB per capita a preços de mercado", "TJLP", entre outros, não representam a essência dessas publicações.
Entendo que essa nova leva de autores e obras representam um alento para a economia, no que diz respeito ao interesse do público leigo e também no que diz respeito ao potencial didático dessa linha de pensamento. Embora alguns conservadores ainda façam cara feia para essa abordagem, prefiro continuar achando que cara feia é fome.

Chegue até aqui para linkar dois pequenos livros made in brazil que seguem essa linha. Esses livros estão no formato ".pdf"  e são disponibilizados grátis no blog de seus autores. Um dos livros tenta explicar, usando a teoria econômica, porque nós pagamos multas nos rodízios de sushi quando deixamos sobras. Para quem não vai a rodízio de sushi, dá pra fazer um paralelo com a multa cobrada pela massa e pela borda que você despreza no rodízio de pizza. O link para esse livro é: http://go2.wordpress.com/?id=725X1342&site=gustibusgustibus.wordpress.com&url=http%3A%2F%2Fshikida.net%2Fsushi.pdf

O outro tenta aborda ditos populares do Brasil sob a ótica da teoria econômica. Esse eu tenho certeza que há espaço para uma segunda edição. O link é:
http://go2.wordpress.com/?id=725X1342&site=gustibusgustibus.wordpress.com&url=http%3A%2F%2Fgustibusgustibus.files.wordpress.com%2F2007%2F11%2Fdit2007.pdf

Boa leitura!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Pesquisa FGV - mercado de trabalho - (ADENDO)

Uma pequena pergunta sobre a pesquisa da FGV publicada no post anterior:

Conhecem a lei da oferta a demanda? Com tanta oferta de cursos de graduação, será que o mercado vai continuar, nos próximos anos, absorvendo profissionais pagando o mesmo salário?

Pesquisa FGV - mercado de trabalho


A FGV (Fundação Getúlio Vargas) publicou há alguns meses a pesquisa "Você no mercado de trabalho", que apontou as profissões mais bem remuneradas (e também as menos remuneradas) do Brasil. Segundo pesquisa  - que foi realizada utilizando dados da PNAD (2007) e dados das médias salariais do país, os médicos lideram o ranking, seguidos dos administradores (vale lembrar que os médicos foram também os profssionais com maior carga horária de trabalho). Já os teólogos devem ficar preocupados, pois possuem a renda média mais baixa, entre as profissões pesquisadas. A pesquisa também pode ser segmentada de acordo com o perfil do trabalhador, utilizando critérios como idade, sexo, raça e região onde reside o trabalhador.

Em tempo: importante observar que a pesquisa mostra uma correlação positiva entre salário e anos de estudo. Pessoas com com mestrado e doutorado tendem a ganhar mais do que apenas graduados. 
Parece óbvio, mas não é! Não no Brasil.

A pesquisa completa pode ser acessada através do seguinte endereço:
http://www.fgv.br/cps/iv/

Quer saber onde você se encontra?
Insira suas caracterísitcas no simulador e veja se a sua realidade está próxima da realidade média do mercado. O link para o simulador é o seguinte:
http://www3.fgv.br/ibrecps/IV/SIM_OCUP/limpa.asp


Para não perder a mania de ranking, olha a lista com os top 10:

1- Medicina (mestrado ou doutorado)
Salário médio: R$ 8.966,07
2- Administração (mestrado ou doutorado)
Salário médio: R$ 8.012,10
3- Direito (mestrado ou doutorado)
Salário médio: R$ 7.540,79
4- Ciências econômicas e contábeis (mestrado ou doutorado)
Salário médio: R$ 7.085,24
5- Engenharia (mestrado ou doutorado)
Salário médio: R$ 6.938,39
6- Medicina (graduação)
Salário médio: R$ 6.705,82
7- Outros cursos de engenharia (graduação)
Salário médio: R$ 6.141,05
8- Engenharia mecânica (graduação)
Salário médio: R$ 5.576,49
9- Engenharia civil (graduação)
Salário médio: R$ 5.476,85
10- Outros cursos de mestrado ou doutorado
Salário médio: R$ 5.439,32

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Alguém ainda se lembra da crise? (parte 2)

Ainda no rumo de entender o contexto da crise econômica, segue abaixo um texto produzido pela Letícia G. Gonçalves, que é minha monitora esse semestre na disciplina de economia. Segue o texto:


A atual crise econômica mundial teve início nos Estados Unidos, motivada principalmente pelos incontáveis empréstimos para fins imobiliários. No mesmo âmbito, grande parte da Europa também se afundou em dívidas pelas mesmas razões.A maioria das pessoas que fazia este tipo de financiamento pensava que, logo após a compra, apareceria alguém que a locasse.Para compensar o não pagamento dos empréstimos, os bancos impuseram juros exorbitantes. Porém, os devedores preferiram perder seus imóveis a pagar a grande diferença imposta.Assim se fez a quebra, causada também pelos gastos homéricos do governo norte-americano com as Guerras do Iraque e do Afeganistão.O Brasil, por exportar em massa produtos como soja, minérios, entre outros, não conseguia rentabilidade suficiente para perceber lucros, pois o comprador americano não tinha fundos para absorver toda a importação.
Tal recessão provocou reflexos de maneira direta e indireta nas mais diversas áreas de nossa economia, como, por exemplo, as montadoras automobilísticas, que tiveram que promover demissões em massa para continuarem suas atividades.


É nesse ponto que entra o governo trabalhando políticas econômicas, como por exemplo, a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), com o objetivo de incentivar o consumo de automóveis, eletrodomésticos e materiais de construção. Não precisa dizer que, se as pessoas estão consumindo, o desemprego não cresce e o PIB aumenta.

Alguém ainda se lembra da crise?

Há pouco mais de um ano, o Brasil começou a sentir os efeitos de uma crise econômica, que teve início nos Estados Unidos e contagiou boa parte das economias do mundo, sobretudo os chamados países "desenvolvidos" - que antigamente as pessoas costumavam chamar de "primeiro mundo". Nós, do Brasil, um país "emergente" (eufemismo para "terceiro mundo", expressão que não é mais utilizada), sentimos a crise, mas de uma forma mais branda. Embora não se fale mais tanto da crise (talvez devido ao fato de que há alguns meses SÓ se falava nela), ainda estamos em fase de recuperação econômica.

Nas próximas postagens, iremos falar um pouco mais sobre essa crise e, juntamente com essa temática, falar um pouco sobre a economia brasileira como um todo. O objetivo é tentar entender um pouco a dinâmica da nossa economia.

Acredito que não seja necessário abordar todo o desenvolvimento da crise, mesmo porque isso já foi amplamente discutido em toda a imprensa. Mas deixo uma sátira sobre o desenvolvimento da crise, que recebi por e-mail. O autor é desconhecido, mas o "causo", fictício, é bem ilustrativo para entendermos a crise.

É assim ó:
O seu BIU tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender Cachaça 'na caderneta'
aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.
 
Porque decide vender a crédito,
ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha
(a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito).
 
O gerente do banco do seu BIU, um ousado administrador formado em curso de emibiêi,
decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível,
e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.
 
Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco,
e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro
que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.
 
Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais
e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F,
cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu BIU).
Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios,
com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
 
Até que alguém descobre que os bêubidos da Vila Carrapato
não têm dinheiro para pagar as contas,
e o Bar do seu Biu vai à falência.
E toda a cadeia vai para o brejo.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Olha o petróleo! - parte 6 (FINAL)

Agora, sim. É pra finalizar.

Sabe aquela história da auto-suficiência do Brasil em petróleo, eternizada nessa famosa imagem aqui postada? Então... não é bem assim. Muitos me perguntam porque o Brasil exporta e ao mesmo tempo importa petróleo. De forma geral, somos auto-suficientes na produção de um tipo mais bruto de petróleo, mas precisamos importar um petróleo mais leve, típicos dos mares do Oriente Médio, pois nossas refinarias e muitas outras no mundo) funcionam com esse óleo - embora já tenhamos refinarias "flex".




O óleo do pré-sal é mais leve do que o que o Brasil já explora. Porém, este só deve estar no mercado em cinco ou dez anos.
Como quase tudo na vida, esse assunto também tem o lado bom e o lado ruim.
O lado bom: a balança comercial do petróleo, EM VOLUME, já é positiva: exportamos mais do que importamos. O lado ruim: em TERMOS FINANCEIROS, temos um déficit na conta corrente de petróleo no mercado internacional devido às diferenças de preços entre o petróleo leve que compramos e o pesado que produzimos.